sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dor de crescimento

Gente tá aí uma coisa que eu não sabia, crescer dói! Talvez seja porque eu não cresci muito rsrs. Brincadeiras a parte, quero falar hoje sobre algo que incomoda muitas crianças (e que deixa muitas mães acordadas durante as madrugadas): a "dor do crescimento". Ela existe, não é lenda. Tá, o nome pelo qual essa dor é conhecida nos faz pensar que ela existe porque a criança está crescendo. Mas se fosse assim, toda criança sentiria esta dor, não é?
Luan sente está dor já faz anos, foi uma amiga quem me falou se tratar de dor de crescimento, pois a filha dela já sofreu com isso. Mas achei que era mito. Levei à pediatra e ela me disse a mesma coisa, "é a dor do crescimento." Porém não me explicou nada. Ainda assim, cada vez que ele chorava a noite, reclamando que as pernas estavam doendo, me batia uma angustia "o que será que esse menino tem?" Então resolvi pesquisar!

O que é a "dor do Crescimento"?
Como falei, é meio suspeito algumas crianças sentirem está dor e outras não, afinal todas estão em fase de crescimento. E a ciência também não encontrou nenhuma ligação entre esta dor e o quadro de aumento de altura ou peso. Também não tem nada haver com inflamações nas articulações ou problemas ósseos. ELA NÃO É UMA DOENÇA! Por tanto, não há cura. Simplesmente some, sem nenhuma explicação, assim como surge. Crianças que sofrem com essas dores podem fazer exercícios físicos normalmente.

-> Então por que tem este nome?
Porque ocorre na fase de crescimento das crianças, então acreditava-se que havia alguma relação. Já foi constatado que não há relação alguma e tentaram mudar o nome para Dores nos Membros, mas o nome anterior já estava na boca do povo e não foi possível mudar.

-> Quais crianças podem sentir essa dor?
Luan começou a sentir essas dores a partir dos 4 anos, geralmente atinge as crianças na faixa de 3 a 13 anos. Qualquer criança pode ser acometida desta dor, ela não faz distinção entre meninos e meninas. São, em geral, crianças saudáveis e ativas.

-> Causas
Não há um consenso sobre o que causa estas dores. Existe uma série de hipóteses que tentam explica-las.  "É muito comum encontrarmos distúrbios emocionais ou simplesmente uma situação de crise própria da idade (nascimento de um irmão, ingresso na escola, mãe que começa a trabalhar). Observa- se também que essas crianças são, em geral, filhas de pais que também tiveram quadros semelhantes durante a infância e, nas próprias crianças, são encontradas outras situações de dor crônica como dor de cabeça ou dor abdominal, ou seja, parece haver mesmo uma combinação de fatores emocionais associados a uma 'tendência' à essa dor crônica", afirma Marcelo Resbscheid, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz (SP).

-> Como são e quando acontece estas dores?
São dores nas pernas, variam muito, pode ser nas coxas, panturrilhas, joelhos, pés. Geralmente ocorrem no fim da tarde e podem acontecer todos os dias ou ter intervalos que variam de criança para criança. Podem durar minutos ou horas. Não são acompanhadas de febre ou inchaço local. Meu filho reclama de dores na parte de trás dos joelhos, e as vezes na panturrilha, chora e estica as pernas em busca de alívio. Os episódios ocorrem durante a madrugada, pela manhã já não sente nada. Ocorrem geralmente em intervalos de semanas entre um episódio e outro.

-> Tratamento
Para alívio das dores o mais indicado são as massagens e compressas quentes. Em alguns casos, quando as dores são muito intensas, pode ser necessário utilizar analgésicos (sempre com indicação médica, claro). Com Luan nunca precisei usar analgésicos, Faço massagens até que ele volte a dormir. Também é indicado que a criança faça alongamentos durante o dia (sempre supervisionado).
O mais importante é ter paciência, as vezes parece birra, mas a criança precisa de atenção e carinho. Parece ser difícil, principalmente depois de um dia cheio, passar madrugadas com o pequenino, mas é muito necessário para que a criança se desenvolva de forma saudável.

Atenção
Apenas profissionais podem fazer qualquer diagnóstico, por isso, mesmo que seu filho ou filha tenha estes sintomas procure o pediatra.

Fontes:
ABC da Saúde
Pediatra em Foco
Revista Viva Saúde
Guia do Bebê

Por hoje é só!
Mais um registro da minha experiência como mãe de dois...

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